Virada Cultural com seus prós e contras

A Virada Cultural atrai críticas e elogios do público com suas atividades variadas, haja vista a cobertura dos principais jornais da cidade sobre a ação. Um olhar mais pontual a respeito do evento por meio de passagens pelos palcos da Estação da Luz e das praças Julio Prestes e República da noite de sábado até quando domingo começou a amanhecer evidencia esses opostos.

Os shows da cantora Zélia Duncan e Céu na praça Julio Prestes (foto) alternaram momentos de maior empolgação com outros mais mornos. Carmina Burana, na Estação da Luz, poderia chamar a atenção mesmo de quem passava rapidamente pelo local - dada a qualidade da apresentação.

Para o palco dedicado ao samba a programação mostrava show de Elza Soares com Sandália de Prata às 3h. A banda começou a apresentação praticamente no horário, mas a cantora famosa pelo seu cantar estiloso só apareceu uma hora depois que o grupo já aquecia o público. Por volta das 3h30 ouvia-se até grito pedindo a presença da diva no palco - inconveniente que poderia ser evitado se tivessem deixado claro que Elza faria apenas uma participação especial. A qualidade tanto do Sandália de Prata como da própria Elza, que cantou com a energia habitual mesmo com problemas de locomoção, salvaram o momento.

Em relação à estrutura, nem tudo eram flores. Sorte de quem fez uso dos banheiros químicos logo no início do anoitecer. As filas não eram grandes na maior parte dos momentos, porém o passar das horas noite adentro levou ao grande uso e o cheiro ficou forte - o que fez com que a população buscasse outras alternativas, como os estabelecimentos abertos na região (que cobravam até R$ 2 para o uso do banheiro) e as ruas. O lixo espalhado pela rua e ausência de lixeiras acessíveis em curtos espaços também prejudicaram o evento.
Alguns momentos de destaque podem ser conferidos no Twitter Metrópole Estadão e no site da TV Cultura.
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