Imprensa internacional "pesa a mão" ao falar de Dilma Rousseff



Logo após a definição de que a candidata petista Dilma Rousseff era vencedora da eleição que definiu quem será o próximo presidente da República no Brasil, jornais eletrônicos brasileiros e também do exterior já estavam anunciando o fato. No entanto, é interessante notar os diferentes vieses adotados durante a abordagem de acordo com as linhas editoriais.



No Brasil, Estadão.com.br, Folha.com, O Globo e Correio Braziliense destacaram a aleição de uma mulher para o posto pela primeira vez na história. O primeiro frisou, logo na introdução do texto, a influência de Lula para a escolha. Os demais, de modo geral, ativeram-se ao fato.

Foto: Wilson Dias/ABr

Já em outros países, mesmo com o foco também em uma mulher pela primeira vez como presidente no Brasil, a mão dos redatores e editores pesaram um pouco mais.

O Clarín.com destaca o "contundente triunfo" de Dilma. O Le Monde a menciona como uma "sobrevivente" por conta do câncer que teve e ainda a trata como "Dama de Ferro", em uma frase que fala sobre o pouco carisma dela.

Por outro lado, o NYT começa a notícia chamando a nova presidente de "a ex-lider guerrilheira" e ainda frisa na introdução que ela é eleita após prometer a continuidade de políticas que tiraram milhões de pessoas da miséria. O Guardian a define como "ex-rebelde marxista" e destaca uma plástica que Dilma teria feito para ter maior apelo junto ao público - isso em um parágrafo sobre o debater realizado pela Rede Globo na última sexta-feira.
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